Li
essa matéria do Bruno Rodrigues no site Guia do bebê e achei muito interessante
e atual. Por isso achei muito válido compartilhar aqui no blog, afinal estamos
lidando diariamente com o dilema televisão, I pad, Celular, Vídeo games e etc
na educação de nossos filhos.
Hoje
aqui na minha casa o castigo para o meu filho Pedro é ficar sem
"eletrônicos", ou seja, nada de DVD portátil, nada de Ipad, nada de
Televisão e acredite ele tem o próprio I phone só com joguinhos...
Muitas
vezes me vi conversando sozinha, pois ele nem respondia minhas perguntas, pois
estava "vidrado" no I pad.
Confesso
que esses artigos também ajudam muito quando saímos pra viajar ou pra jantar
fora, mas tudo tem que ter um limite, concorda?
Segue a matéria: Crianças reféns da tecnologia
"As novas tecnologias e formas de comunicação estão isolando as crianças nos mundos virtuais e com isso estão sendo formadas gerações narcisistas e despreparadas para o convívio social no mundo real.
Quem
tem mais de 25 anos talvez tenha notado o quanto sua infância foi bem
diferente da de hoje. Brincadeiras comuns daquela época, como pega-pega,
queimada ou qualquer atividade coletiva saíram de moda. A tecnologia
contribuiu radicalmente para a mudança no comportamento infantil. O que
se vê hoje é uma legião de crianças isoladas em seus “mundinhos”,
entretidas com aplicativos eletrônicos e desinteressadas pelas coisas
reais.
O norte-americano Jim Taylor, PhD em psicologia, é um
crítico ferrenho da influência tecnológica no mundo infantil. Ele
analisou a relação criança x tecnologia e lista os prejuízos causados
pelo excesso de tecnologia nos primeiros anos de vida do pequeno.
Uma das constatações do médico: a geração atual de criança está menos altruísta.
Ou seja: menos preocupada em ajudar ou oferecer coisas boas ao próximo
(altruísmo). Simples: o profissional constatou que as crianças atuais
ficam conectadas por horas no computador, no videogame, celular e outros
aplicativos, deixando de lado interesses de terceiros.
As crianças também estão deixando de desenvolver a empatia, instrumento fundamental para a construção de amizades e confiança.
“A
tecnologia parece estar minando o desenvolvimento das crianças nesses
relacionamentos fundamentais nesta fase de vida. Tem havido aumento
grande no narcisismo e declínio na empatia entre os jovens. Embora não
podemos atribuir uma relação direta com a tecnologia, é nítido que o
surgimento de novas mídias e o maior alcance junto à cultura popular
trouxeram prejuízos”, relata Jim Taylor.
Quando a criança está
entretida com seus joguinhos eletrônicos, ela não quer saber o que
acontece ao seu redor, sendo indiferente aos assuntos de casa. Uma cena
comum em recreio de colégios nos tempos atuais é a de várias crianças em
silêncio, sentadas uma ao lado da outra, sem qualquer interação,
mexendo rapidamente os dedos diante de pequenas telas.
Uma
criança que não desenvolve a relação interpessoal pode se tornar um
indivíduo inseguro e despreparado para enfrentar pressões, provocações e
situações adversas.
O distanciamento de atividades físicas também aumenta o risco de obesidade.
Como enfrentar esse problema real (e virtual)
- Não há como vetar a tecnologia ou querer que tudo volte como era 25
anos atrás. A tecnologia existe e pode ser benéfica caso seja bem usada.
A questão é como evitar que seu filho também se torne um refém de
aplicativos eletrônicos.
Estabeleça limites SEMPRE. A criança
precisa saber que existe regras e horários para uso. Evite facilitar o
manuseio de aparelhos tecnológicos. Não leve à mão da criança cada
tecnologia nova lançada. Estimule a prática de exercícios físicos.
Lembre-se que os filhos veem os pais como seus ídolos e heróis.
É
cada vez mais comum pais ligarem o laptop com desenhos infantis em
frente ao bebê enquanto fazem refeição "em paz" por alguns minutos. O
pequeno fica hipnotizado, imóvel, dentro do carrinho de bebê enquanto
assiste ao desenho. Perguntas: vale introduzir a eletrônica tão cedo na
vida do filho? Será que não há um passatempo mais comunicativo e
interessante para apresentar? Você se sentirá culpado caso seu filho
anos mais tarde venha a ficar horas à frente da TV como foi ensinado
logo quando ele era pequenininho?
É importante frisar que as
crianças da nova geração são vítimas e não vilãs. Cabe aos pais impedir
que seu filho seja uma pessoa que só funciona quando está “plugada”.
Pense duas vezes antes de entupir seus filhos de joguinhos e coisas do
gênero. Reúna força para dizer “não” e invista no oferecimento de
práticas mais saudáveis e humanas."
Bruno Rodrigues
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