quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Artigo Claudia Visoni: Por que uma super-power-over-festa?

Li esse artigo hoje de manhã e achei muito interessante. Penso exatamente como a Claudia Visoni, afinal estamos fazendo uma festa para nossos filhos ou para "mostrar" para nossos convidados?

Por que uma super-power-over-festa?


Os excessos das festas infantis passam para as crianças a mensagem de que comemorar é consumir loucamente, cultivar o desperdício e comer coisas péssimas para a saúde.
 
O aniversário dos filhos é uma ocasião gloriosa. Todo ano me emociono – duplamente, porque tenho gêmeos — ao perceber que mais uma etapa se foi. Aqueles ex-bebezinhos tão indefesos agora não só lêem, escrevem e fazem contas, como viajam sozinhos para o acampamento nas férias. Assim vai ser para sempre, imagino. Por isso, entendo per-fei-ta-men-te todos os delírios na hora de planejar o ritual de comemoração infantil. Os pais estão sob o efeito de fortes emoções e têm vontade de contratar um espetáculo da Broadway, montar uma sucursal da Disneyworld no jardim e da Incrível Fábrica de Chocolate de Willy Wonka na sala.
 
Não há coisa melhor do que celebrar a vida e eu mesma já caí na tentação de adicionar uns toques de megalomania ao “Parabéns a você”. Mas, hoje em dia, após ter acumulado algumas milhares de horas de vôo em buffets infantis & eventos do gênero, fiquei mais sóbria. Antes de transformar em realidade uma super-power-over-megablaster-festa, respiro fundo. E lembro de alguns excessos em eventos alheios que seria melhor não ter presenciado. Por exemplo, um animador ajoelhado no chão carregando nos ombros a aniversariante de oito anos, que estava usando uma coroa. Grupinhos de crianças de cinco anos, superexcitadas, desrespeitando monitores inexperientes que não conseguiam colocar limites. Brigadeiros sendo pisoteados. Guerra de batatas fritas. Música inadequada em volume altíssimo. Buffet tão atulhado de brinquedos eletrônicos que a molecada não conseguia correr e brincar. Comida demais, qualidade inexistente.
 
Desperdício geral e irrestrito de tudo. E o que dizer do constrangimento no final de uma balada dessas ao perceber que o presente entregue era bem menos valioso do que a lembrancinha recebida?
 
Por causa do efeito estufa, hoje em dia existem empresas que estimam o impacto ecológico de eventos e propõem compensações na forma do plantio de árvores. Fico imaginando que, se fosse para calcular o que uma festa de arromba versão infantil representa em termos de consumo de recursos ambientais, levaríamos um susto. Especialmente porque superprodução não é sinônimo de diversão. Quanto menor a criança, aliás, mais difícil curtir tanta coisa e tantas pessoas ao mesmo tempo.
 
Cá entre nós, não precisa muito para o filho da gente se esbaldar no dia do aniversário. É só juntar a turma dos amigos mais queridos, arranjar um espaço que dê para brincar de pega-pega e esconde-esconde e quem sabe inventar uma gincana. Dependendo da idade, envolver as crianças na organização já se transforma numa experiência inesquecível para elas. Em vez de contratar monitores, pai e mãe podem interagir com a garotada e propor brincadeiras, uma manifestação de carinho que os pequenos percebem e adoram. Em vez da tranqueirada gordurosa, que tal colocar na mesa umas comidinhas simples, de preferência caseiras e orgânicas? E, para terminar, as melhores lembrancinhas são as que ficam na memória.
 
Fonte:http://conectarcomunicacao.com.br/blog
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Espero que sim,
beijos,

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